top of page
  • Foto do escritorMoacy A. Pina

Djodje, o melhor em 2017


***

São 9:56 de uma manha fresca na cidade da Praia. Estou deitado ainda e apeteceu escrever o que revi ontem, o que sinto hoje e o que penso neste momento. Definitivamente, para mim, Djodje foi o melhor artista de Cabo Verde em 2017, e não foi só por causa do "la ki nos é bom", a música popular do ano, nos CVMA by Unitel T+. Está um verdadeiro showman. Domina, sozinho qualquer palco. Por onde passa arrasa.

***


Hoje é o primeiro dia do ano de 2918. Dia mundial da paz. Poderia ser também e bem o dia mundial da mentira, ao invés de ser o dia 1 de abril. Advinha porquê? Não! Vou facilitar: Poderia ser o dia mundial do Político, no geral. Ainda não? Bom, em 2018, peço-lhe que pense um pouco mais por si, e que acredite totalmente na sua pessoa. Como diz o programa que a Kadijda Pinto Monteiro apresenta: Sou Capaz. Passa na RTP África.

São 9:56 de uma manha fresca na cidade da Praia. Estou deitado ainda e apeteceu-me escrever o que revi ontem, o que sinto hoje e o que penso neste momento. Definitivamente, para mim, Djodje foi o melhor artista de Cabo Verde em 2017, e não foi só por causa do "la ki nos é bom", a música popular do ano, nos CVMA by Unitel T+. Está um verdadeiro showman. Domina, sozinho qualquer palco. Por onde passa arrasa. Este ano atuou em vários festivais, no país e na diáspora. Reconhecimento pelo sucesso, pelo percurso, pela carreira. Este aprendeu de pequeno mesmo. Mas há talento, há equipa e há trabalho. Parabéns e felicidades. Cresceu como artista, os fãs aumentaram em número e em qualidade. Cantam tudo, no compasso e na melodia. Dançam, sensualizam e esbanjam diversidade de movimentos sensuais. Que romântico. Sem igual. Não há país - mas sabe ki Kabu Verdi -, não há povo mais feliz do que o cabo-verdiano. Djodje que o diga: "é la mé ki nos é bom". Poucos minutos nos separava das 03:H da manhã quando o Dj Tubarom anunciou a entrada em cena do jovem talento confirmado. Neste momento havia um sem mil demonstração de sentimento, emoção, admiração e muito mais. Não havia espaço, nem mesmo para mais espera. Fiz um olhar panorámico e o cenário era deslumbrante. Wau. Kebra Kanela está a rebentar pelas costuras. Havia gente por toda parte. Até na praça Cruz de Papa. I love this country. Cabo Verde: nha terra nha cretceu. Isto está a acontecer de novo. Novamente por ele. Gambôa 2017. Que show hein! Sem palavras. Meus parabéns. Mãos ao alto, gritos, longos assobios, saltos na vertical, tudo pronto para o show de passagem de ano. Bem-vindo 2018. Obrigado 2017, obrigado CMP por mais esta. Mil e uma nações juntas ao virar do ano. Praia, cidade mais cosmopolita de CV. Chegou o momento. Todos os olhos fulminavam o palco. Estava lindo. Cuspia luzes, som e ansiedade. O cameraman particular estava pronto para a entrada dele. A TCV também estava lá. A menina ao meu lado já não aguentava mais. Queria vê-lo, queria ouvi-lo a cantar e a encantar. - Forte cerimónia - desabafou, olhando firmemente para o moço que se encontrava do seu lado esquerdo. - Calma filha, diz o meu subconsciente. - Estamos em CV. Volto a olhar para o palco, oiço a voz fina e singular. - Ufa!!! - retorquiu ela. - Assobias bem garota, advertiu instantaneamente o meu subconsciente. Finalmente ele apareceu, todo de branco, com um colar ao pescoço, alegre, de sorriso natural, para o dilírio total. "Vai embora" é a música escolhida para abrir o espetáculo. Que cálculo fizeste Djodje? Quê isso filho. Depois de tanta espera manda-nos ir embora assim? Poderia ser a outra: "Não Vai". Encaixaria melhor. Antes de chegar já mandas todo mundo para casa (Kkkkkk). Gressives, gressives pah. Há gente que viaja de longe e de perto para ti ver. Já não há TACV, mas a Binter CV serve. Agradeça e vamos ao show. A primeira música termina e ninguém arreda o pé. Ninguém foi embora. Djodje agradece, deseja um feliz 2018 a todos. Muita paz, muito Amor.... A multidão vibra e retribui os votos. E Djodje faz o quê? Dedica a sua próxima música a todos os presentes. "I.L.Y" I Love You. Mais um sucesso. O público canta, uns ao pé do ouvido, outros até parecia que estavam com o megafone, em fim, cada um à sua maneira. Foi assim, do princípio ao fim. Cantaram, dançaram, comeram e beberam.

Eram 03:28 quando Djodje anunciou Rick Boy. O amigo de longa data. Cantaram juntamente com o público a música "Uma Chance". Antes Djodje já tinha aquecido o público ao ritmo das suas músicas mais dançantes. Ainda assim, ainda com o Rick Boy em palco, os dois cantaram o mais novo sucesso deste. Festa Bedju. Faz parte do novo álbum (Festa Bedju) de Rick Boy. Oiçam-no.

O espetáculo prosseguiu, e mesmo à minha frente, coitado, bebeu uns copos a mais, logo no primeiro dia do ano. Tropeçou numa pedra que fica na divisão das duas vias e caiu. Mas levantou-se assim que conseguiu equilibrar-se e continuou a festa. Apenas bateu a testa no chão. Está ótimo. - Péssimo hábito começar o ano a beber bebidas alcoólicas (e) em excesso, - fez questão de me dizer o meu subconsciente. O Djobe, ciente do que tem a fazer, prosseguiu com o espetáculo, desfilando as suas músicas românticas enquanto os casais iam aproveitar o momento oportuno para, diz o meu subconsciente, renovar a promessa do amor eterno à txukinha, ao txukinho. (Kklkkk). É "la ki nos é bom" foi a última música do show. Todos pulavam, querendo com isso me dizer que estavam a dançar. O meu irmão Janilson de Pina e Eu já estávamos a caminhar lentamente para casa. Nada fácil andar por entre a multidão aos saltos. Sabia de antemão que seria assim. E foi por isso que quis sair naquela altura, para vislumbrar, ver de cima para baixo o que o meu povo estava a sentir e a fazer, logo pela manhã, logo no primeiro dia do ano de 2018. Felicidades a todos.

Obrigado nha povo dizia Djodje, ao abandonar o palco. Obrigado, de coração amigo/a digo eu. Assim começou o meu ano de 2018. A participar, a cantar e a dançar. A ver, escrever e descrever. Terminei 2017 a ler... 547 pag.

24 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page