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Pela Pátria

  • Foto do escritor: Moacy A. Pina
    Moacy A. Pina
  • 23 de ago. de 2017
  • 1 min de leitura

Atualizado: 6 de ago. de 2019


Pela Pátria


pela pátria, choro na morna as lágrimas fervidas das nossas gentes o desespero quando a chuva dá as costas à colheita as brisas macias que perdem direcção

pela pátria, o meu sangue, o meu pranto a minha carne embalada no caixão o meu sorriso, a minha poesia

pela pátria, a certeza da minha felicidade o meu querer, as minhas contrariedades o meu sofrer, as minhas sensibilidades

pela pátria, a minha alma despedaçada o meu grito, o meu choro, o meu último suspiro a minha esperança, o meu férvido canto dilatado no mar e nestas pranchas de terra que suportam a minha existência

pela pátria, todo o meu amor a aurora da minha redenção, o meu desespero a minha angústia e o meu ser.

Silvino Lopes Évora, in Tratado Poético da Cabo-verdianidade - lançado a 28/04/15, na Cidade da Praia.

OLHAR 2.1 recomenda a leitura desta obra.

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